domingo, 1 de novembro de 2009
Trabalho em Saúde: cuidando de quem cuida
O trabalho do profissional da Saúde pode ser muito desgastante, com jornadas de trabalho longas, más condições de trabalho, necessidade de ter vários empregos, contato com o sofrimento alheio, etc. Vários estudos tem mostrado o stress a que esses profissionais são submetidos. É comum médicos sofrerem de depressão, ansiedade, Síndrome de Burnout, entre outros problemas. Além disso, devido à grande jornada, muitos não se alimentam bem, não têm tempo para a família, não praticam atividade física. E muitas dessas características já são visíveis nos estudantes de medicina. Sendo assim muitas questões se tornam importantes: Como estão as condições de trabalho do médico? O que realmente está acontecendo com esses profissionais e com os estudantes de medicina? Quais seriam os papeis das instituições de saúde e das faculdades? Quais são as especialidades mais desgastantes e por que?
Mas então como cuidar da saúde desses profissionais? Essa é uma questão muito complexa que envolve muitas coisas, desde questões pessoais até questões institucionais. Mas certas coisas ajudam a todos e merecem reflexão. Um exemplo disso são os benefícios da atividade física constante, para o corpo e a mente. Também são importantes as atividades extra- trabalho, como música, dança, artes, as quais se mostram muito eficientes para relaxar e combater o stress. Um maior e melhor contato com a família também é fundamental, para dar um maior equilíbrio e para se compreender o que realmente é importante na vida. Além disso, qualquer tipo de ajuda ou terapia, onde se mude a forma de se ver certas coisas, não absorvendo o lado negativo da profissão, também são válidas.
Todas essas questões do trabalho médico merecem reflexão para que possa entender realmente como está o trabalho e como está a saúde do profissional, bem como o que pode ser feito para cuidar de sua saúde.
Trabalho em Saúde: cuidando de quem cuida- Questões relevantes
- Como esta a saúde do profissional da Saúde: Quais os trabalhos mais desgastantes? Quais os problemas mais frequentes?
- O trabalho médico: como é, jornada de trabalho, média de empregos, condições de trabalho, especialidades mais desgastantes...
- Stress e Sindrome de Burnout
- Os problemas começam na faculdade? (a saúde do estudante de medicina)
- Como cuidar da saúde dos médicos (eles se cuidam?): atividade física regular, família, música, dança, artes...
Alguns links:
http://www.saberviver.org.br/index.php?g_edicao=profissionais_estressados
http://www.universia.com.br/noticia/materia_clipping.jsp?not=33754
http://www.redepsi.com.br/portal/modules/soapbox/article.php?articleID=48
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42301998000200012&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-507X2008000300005&script=sci_arttext
http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/original5_01.htm
http://www.fmabc.br/admin/files/revistas/31amabc27.pdf
http://web.taktos.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=46&Itemid=41
http://educacaofisica.org/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=314&Itemid=27
http://vejabrasil.abril.com.br/rio-de-janeiro/editorial/m1273/terapia-anti-stress
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v11n4/v11n4a12.pdf
http://www.fonixbrasil.com.br/noticias.php?id=11
http://www.musicaemedicina.med.br/
http://vocesa.abril.com.br/equilibrio/aberto/ar_240557.shtml
Trabalho em Saúde- Artigo 5
Carlito Lopes Nascimento Sobrinho; Fernando Martins Carvalho; Tárcyo Antonio Silva Bonfim; Carlos Adriano Souza Cirino; Isis Sacramento Ferreira
RESUMO
OBJETIVOS: Descrever as condições de trabalho e de saúde dos médicos da cidade de Salvador, Bahia, Brasil. MÉTODOS: Utilizando delineamento transversal, estudou-se uma amostra aleatória de 350 médicos. Num questionário individual, autoaplicável, enviado pelo correio, foram coletadas informações sobre a saúde física, mental, hábitos de vida e condições de trabalho dos médicos. RESULTADOS: Os médicos referiram elevada sobrecarga de trabalho, excesso de trabalho em regime de plantão, múltiplas inserções, contratação precária sob a forma de remuneração por procedimento e baixa remuneração. A atividade de consultório particular foi referida por 45,2% dos médicos, mas apenas 1,5% exercia exclusivamente esta atividade. As queixas de saúde mais freqüentes estavam relacionadas à postura corporal e à saúde mental. A prevalência de distúrbios psíquicos menores, medida pelo Self Report Questionnaire (SRQ-20), foi de 26%. CONCLUSÃO: As condições de trabalho e saúde observadas apontam para a necessidade de mudanças profundas na organização do trabalho médico.
Artigo na íntegra: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302006000200019&lang=pt
Trabalho em Saúde- Artigo 4
Flávia Dutra Lima; Abraham Pieter Buunk; Maria Bernadete Jeha Araújo; Johsie Gomide Magalhães Chaves; Denise Lara Oliveira Muniz; Luana Benedetti de Queiroz
Resumo: Esta pesquisa estabelece a incidência de burnout em médicos residentes de um hospital público através do MBI (Malasch Burnout Inventory). Burnout é um estado persistente e negativo, relacionado ao trabalho, relatado por indivíduos normais, caracterizado por exaustão, sentimento de reduzida eficácia, diminuição da motivação e atitudes e comportamentos laborais disfuncionais (Schaufeli & Buunk1). Foi realizada uma investigação em 120 residentes, que desenvolvem suas atividades em um hospital público. Os resultados principais indicam a incidência de burnout em 20,8% da amostra. A manifestação da síndrome foi caracterizada por apresentar 65,0% de classificação alta na dimensão exaustão emocional (EE), 61,7% de classificação alta na dimensão despersonalização (DE) e 30,0% de classificação baixa na dimensão realização profissional (RP). Burnout esteve presente em 78,4% da amostra e ausente em 0,8% da amostra. A maior freqüência de casos de manifestação da síndrome foi observada nas áreas de Ortopedia, seguida das áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia. É preciso criar programas de prevenção do burnout, para evitar que profissionais, que promovem a saúde, adoeçam. É necessário também dar continuidade a esse tipo de pesquisa e desenvolver modelos mais complexos para o entendimento do burnout neste contexto laboral específico.
Artigo na íntegra: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022007000200004&lang=pt
Trabalho em Saúde- Artigo 3
Liliane de Carvalho ,I; Lucia Emmanoel Novaes Malagris
Questionário Informativo. Dos profissionais avaliados, 58% encontravam-se estressados, dentre os quais, 94% na fase de resistência. Em 56% dos estressados houve predominância de sintomas físicos. Serviço social, enfermagem e medicina apresentaram maior incidência de stress. Sugere-se trabalhos de controle do stress para garantir bom nível de atendimento aos pacientes e boa qualidade de vida aos profissionais.
Trabalho em Saúde- Artigo 2
Compreender o stresse para prevenir o burnout.
MARIA ANTÓNIA FRASQUILHO
Resumo: Neste artigo considera-se o stresse na profissão medica.
Faz-se uma revisão descritiva dos problemas relativos à inadequada gestão do stresse e foca-se a importância e transcendência crescentes dos mesmos. Apresentam-se definições actuais dos conceitos de stresse e burnout e a evolução dos modelos respectivos. Expõe-se uma síntese da fisiopatologia do stresse. Detalha-se uma reflexão sobre os factores de stresse na medicina, nos quais se incluem os intrínsecos- as vulnerabilidades dos médicos.
Conclui-se que é imperiosa a consciencialização dos médicos sobre os riscos da sua profissão e que, actualmente, a boa gestão do stresse se lhes coloca como competência profissional e pessoal inadiável.
Palavras chave: Médicos, stresse, burnout.
Artigo na íntegra: http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2005-18/6/433-444.pdf
Trabalho em Saúde- Artigo 1
Estratégias dos profissionais de saúde
para cuidar dos que cuidam
Gabriel J. Chitto Gauer
Renato Soleiman Franco
Hericka Zogbi
Pedro Augusto Marini
Edgar Chagas Diefenthaeler
Alfredo Cataldo Neto
Resumo: O artigo apresenta as dificuldades encontradas pelos profissionais de saúde para cuidarem de si mesmos. Descreve o burnout e tentativas de proporcionar tipos de apoio como: psicoterapias, grupoterapia, exercícios laborais, técnicas de psicopedagogia crítico-reflexiva, bem como terapias de ensino aprendizagem, como os grupos de formação livre, grupos Balint e os grupos de reflexão. Traz ainda vinhetas clínicas que ilustram a importância de adotar essas técnicas.